O PRESIDENTE ANUNCIADO

16-05-2024


Com o anúncio declarado (e credível) de António Costa de que não se canditará às Presidência da República em 2026 (e, de facto, na minha opinião, nem o cargo nem a função se enquadram no "perfil" do ex-Primeiro-Ministro, muito mais um político da "realpolitik") e não tendo a direita moderada um "candidato natural", o posicionamento, calmo mais muito "certeiro" do Almirante Henrique Gouveia e Melo para se candidatar começa a ser notório.

Se os pretensos candidatos não começarem, desde já, a fazer oposição ao Ilustre Almirante, ele pode muito bem tornar-se quase uma vitória certa nas eleições de 2026.

A figura impoluta, as provas dadas durante o período pandémico, a "aura" de estar "acima" da política partidária e, inclusive, a conseguir "por na ordem", as mensagens a apelar a algum "patriotismo da velha escola" populista, a crescente (e muito inteligente) gestão da sua imagem pública torna-o o candidato óbvio, incontornável e quase invencível às eleições de 2026, indo conquistar eleitores a todos os quadrantes do espectro político português.

A sua candidatura depende muito do "estado do Estado" Português em 2026. Quanto pior estiver, melhor para a candidatura de Gouveia e Melo que beneficia muito de ser uma figura quase "Messiânica", quase "Sebastianista" que salva Portugal quando este está "atoalhado no caos".

Os indicadores atuais fazem-nos crer numa previsão muito "favorável" ao Almirante, pois muito dificilmente este governo se manterá em funções até lá e o que lhe sucederá (a menos que as "peças" mudem completamente) estará numa situação política ainda mais fragmentada do que atualmente.

Falta saber a posição e as ações do atual "inquilino de Belém" em relação à candidatura de Henrique Gouveia e Melo...

Estejamos atentos às "cenas dos próximos capítulos".