LUSOFONIA: A CATÁSTROFE DE UM FUTURO PERDIDO

A não exploração, rentabilização e criação de sinergias dentro da lusofonia é, talvez, o maior erro (digo mesmo disparate) de Portugal desde o 25 de Abril.

 
Como comunidade que partilha a mesma língua, traços culturais, uma mesma história (embora nem sempre feliz) e uma "alma", tínhamos tudo para gerar uma comunidade que fosse além dos formais e inúteis tratados de amizade e de colaboração cultural.

 
Notem que em 50 anos depois das independências, nem tratados de residência e de vistos temos.
É mais fácil um Português entrar na Turquia do que e Angola!!!!

Portugal podia ser, perfeitamente, um hub de entrada nos mercados europeus de produtos vindos dos países irmãos lusófonos, desde petróleo a produtos agrícolas, passando por diamantes até metais preciosos.

 
Mas não foi assim!

 
Portugal encantou-se pela Europa e, em vez de privilegiar a Lusofonia, uma realidade concreta desenvolvida ao longo de séculos, preferiu uma irrealidade dominada por interesses expansionistas da Alemanha e França, que cada vez mais mostra sua incoerência, ineficácia e incompetência.

 
E assim, perdemos a possibilidade de sermos uma potência geradora de valor para todas as partes envolvidas, e tornarmo-nos a esquina ocidental e esquecida de uma Europa cada vez mais central e centralizada.

 
Mas, em breve, este será tema de um texto da Realpolitik.